quarta-feira, 15 de abril de 2009

OS SENHORES DO MUNDO

Decorria o ano de 1830, quando na elitista Universidade de Yale, nos E.U.A., um grupo de jovens funda uma irmandade secreta, da qual, só há poucos anos se começou a falar. Tem por nome: Skull & Bones {crânio e ossos}. Continua actuante e tem por sede um antigo edifício escuro e sem janelas no campus daquela universidade. Por ano, só são admitidos quinze elementos, que, ao longo dos tempos se vêm a destacar na alta-roda da elite dirigente daquele país. O anterior presidente dos Estados Unidos, Bush, pertence a essa «irmandade», tal como seu pai. O seu avô também foi membro dessa agremiação. Metade da equipa do Governo Bush era formada por «bonesmen», como eram chamados os membros da Skull & Bones, que conta actualmente entre os seus membros, administradores de grandes multinacionais de todas as áreas económicas, desde o armamento à indústria farmacêutica e petroquímica, políticos, militares, directores e proprietários de grandes grupos editoriais, de imprensa, formadores de opinião pública, indivíduos ligados à alta finança e por aí fora. Segundo alguma imprensa americana, existem mais de oitocentos membros actuantes, nos E.U.A., sem contar com os que se encontram ao seu serviço, fora desse país. Entretanto, em Maio de 1954 teve início pela primeira vez, uma reunião de representantes de poderosos grupos oligárquicos norte-americanos e europeus, na Holanda, no Hotel Bilderberg, para discutirem entre si, questões relacionadas com a orientação política, económica e social mundial. Tiveram acento nesse encontro - e continuam a ter - elementos da Skull & Bones. Desde então, os «120», como também é conhecida a reunião anual semi-secreta da elite mundial do grupo que tomou o nome do local onde se reuniram pela primeira vez, tem vindo a realizar os seus encontros em diversos países da Europa e dos E.U.A., onde, alegadamente, «cozinham» as estratégias no tabuleiro mundial. Nele tem peso actualmente, chefes de Estado, membros de governos e de parlamentos, chefes de alianças militares, presidentes de empresas multinacionais, líderes de bancos e organizações financeiras internacionais, magnates dos media e das organizações ambientalistas. São os «patrões» da globalização. Desde há uns anos para cá, que faz parte como um dos secretários executivos deste grupo, Francisco Pinto Balsemão, que tem convidado, desde então, destacadas figuras da sociedade portuguesa a participarem como assistentes a esses encontros, dos quais, muito pouco se sabe. Sobre esta matéria, abundam artigos em jornais, revistas e livros publicados em várias línguas, para além do que se pode encontrar na Internet. Em comum, todos estes escritos referem-se ao Grupo de Bilderberg como uma espécie de sociedade secreta mundial, de onde saem os homens e as estratégias que governam o planeta. Ressalve-se que na última década a organização destes encontros tem emitido lacónicas notas de imprensa, devido à pressão dos media. Notas estas, que evidentemente, para além de referirem os nomes dos presentes, salientam ser um grupo de reflexão reunido para discutirem coisas estilo «sexo dos anjos». Na verdade e, a título de exemplo, não deixa de ser no mínimo curioso que Bil Clinton tenha participado no encontro anual deste grupo em 1991 e em Agosto de 1992 tenha sido eleito presidente dos E.U.A.; que Tony Blair tenha participado no encontro da Grécia em 1993, tornando-se líder do Partido Trabalhista britânico em Julho de 1994 e 1º ministro em 1997, assim como Romano Prodi, que após participar no encontro deste grupo na Penha Longa, em Sintra, em Junho de 1999, em Setembro desse ano tomou posse como presidente da Comissão Europeia. Ou, ainda, como George Robertson, que participou no encontro Bilderberg na Escócia em 1998, tomou posse como secretário-geral da NATO no ano seguinte, cargo, que aliás, vem sendo ocupado desde 1971 por indivíduos que previamente passaram pelas reuniões anuais, do grupo Bilderberg. É, talvez, por coincidência, no que reporta a Portugal e na sequência do encontro desta organização, no Grand Hotel das Ilhas Barromees, em Itália, comemorando os seus cinquenta anos de existência, tendo estado presentes para além de Pinto Balsemão, António Vitorino, José Sócrates e Pedro Santana Lopes, e que o xadrez do tabuleiro político nacional tenha ficado organizado como é do conhecimento público. De notar, que desde 1994, que Durão Barroso participa nestes encontros e até o ex- Presidente da República, Jorge Sampaio, também participou. Assim, por iniciativa de Tony Blair, Durão Barroso foi indigitado e eleito para a Comissão Europeia. Jorge Sampaio ouviu todos os partidos políticos nacionais, empresários, organizações sindicais e … permitiu a sucessão de Durão por Santana sem que este tenha sido sufragado pelo povo. Inédito em Portugal. Por «coincidência», José Sócrates até acabou por ser eleito líder do P.S. . Já o era antes e a sua campanha de imagem nos media, atingiu níveis sem precedentes mesmo comparativamente com eleições a nível autárquico ou nacional, o que não deixa de ser caricato, uma vez que só puderam votar nele os militantes do P.S.. Mas a mensagem tinha de chegar a todo o lado e chegou. A lista de portugueses que tem sido visita destes encontros é relativamente «jeitosa». Nela podemos encontrar nomes como Carlos Monjardino, Artur Santos Silva, Margarida Marante, Murteira Nabo, Marcelo Rebelo de Sousa, Ricardo Espírito Santo, Roberto Carneiro, Vítor Constâncio, Marçalo Grilo, Faria de Oliveira, Manuel Maria Carrilho e mais alguns outros privilegiados destes encontros de alta-roda. Verdade ou não, os elementos do Grupo de Bilderberg, que tem no seu topo como elementos executivos, homens da Skull & Bones, não se livram da fama de serem os «gestores» da política e da economia mundial.

 P.P.

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