sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Se tiveres uma biblioteca e um jardim, tens tudo o que necessitas." Marcus Tullius Cicero (106 a.C. – 43 a.C)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A CAMINHO DA FOSSA DAS MARIANAS

Esta foto obtive-a a meio caminho - a bem dizer... - das profundezas da maior fossa abissal do planeta: a Fossa das Marianas. Esta, localiza-se no Oceano Pacífico, a leste das Ilhas Marianas, na fronteira entre as placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas, atingindo 11,034Km. É a caminho do seu fundo que Portugal vai. Metaforicamente, é claro... Curiosamente só depois de disparar a objectiva é que reparei que o peixe - que estava vivo - aparece desorbitado. Será alguma premonição? Como que a dizer-nos que o país - e os portugueses - vai céguinho de todo para o fundo?... Bom Ano de 2011 e que os portugueses - tenham finalmente - a coragem - de dar um chuto nos traseiros dos políticos da treta que se governam «à barba longa» à custa dos contribuintes, mais a sua corte de vampiros.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

DITADOS POPULARES PORTUGUESES

Como forma dos nossos tertulianos e demais amigos que nos acompanham se prepararem para o novo ano que se inicia dentro de dias, aqui vão alguns ditados populares que poderão usar (e abusar) em todas as situações (leia-se: embrulhadas) em que os políticos da treta nos vão afundando. A ambição cerra o coração
A pressa é inimiga da perfeição
Águas passadas não movem moinhos
Amigo não empata amigo
Amigos, amigos negócios à parte
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura
A união faz a força
A ocasião faz o ladrão
A ignorância é a mãe de todas as doenças
Amigos dos meus amigos, meus amigos são
A cavalo dado não se olha a dente
Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo
Antes só do que mal acompanhado
A pobre não prometas e a rico não devas
A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina
A galinha que canta como galo corta-lhe o gargalo
A boda e a baptizado, não vás sem ser convidado
A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha
A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata
A necessidade aguça o engenho A noite é boa conselheira
A ocasião faz o ladrão A preguiça é mãe de todos os vícios
A palavra é de prata e o silêncio é de ouro
A palavras (ocasloucas) orelhas moucas
A pensar morreu um burro
A roupa suja lava-se em casa
Antes só que mal acompanhado
Antes tarde do que nunca
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam
Ao rico não faltes, ao pobre não prometas
As palavras voam, a escrita fica
As (palavras ou conversa ...) são como as cerejas, vêm umas atrás das outras
Até ao lavar dos cestos é vindima
Água e vento são meio sustento
Águas passadas não movem moinhos
Boi velho gosta de erva tenra
Boca que apetece, coração que padece
Baleias no canal, terás temporal
Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia
Boa romaria faz, quem em casa fica em paz
Boda molhada, boda abençoada
Burro velho não aprende línguas
Burro velho não tem andadura e se tem pouco dura
Cada cabeça sua sentença
Chuva de São João, tira vinho e não dá pão
Casa roubada, trancas à porta Casarás e amansarás
Criou a fama, deite-se na cama
Cada qual com seu igual
Cada ovelha com sua parelha
Cada macaco no seu galho
Casa de ferreiro, espeto de pau
Casamento, apartamento
Cada qual é para o que nasce
Cão que ladra não morde
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
Com vinagre não se apanham moscas
Coma para viver, não viva para comer
Com o direito do teu lado nunca receies dar brado
Candeia que vai à frente alumia duas vezes
Casa de esquina, ou morte ou ruína
Cada panela tem a sua tampa
Cada um sabe as linhas com se cose
Cada um sabe de si e Deus sabe de todos
Casa onde entra o sol não entra o médico
Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém
Cesteiro que faz um cesto faz um cento, se lhe derem verga e tempo
Com a verdade me enganas
Com papas e bolos se enganam os tolos
Comer e o coçar o mal é começar
Devagar se vai ao longe
Depois de fartos, não faltam pratos
De noite todos os gatos são pardos
Desconfia do homem que não fala e do cão que não ladra
De Espanha nem bom vento nem bom casamento
De pequenino se torce o pepino
De grão a grão enche a galinha o paparrão
Devagar se vai ao longe
De médico e de louco, todos temos um pouco
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és Diz o roto ao nu
Porque não te vestes tu?
Depressa e bem não há quem
Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer
Depois da tempestade vem a bonança
Da mão à boca vai-se a sopa
Deus ajuda, quem cedo madruga
Dos fracos não reza a história
Em casa de ferreiro, espeto de pau
Enquanto há vida, há esperança
Entre marido e mulher, não se mete a colher
Em terra de cego quem tem olho é rei
Erva daninha a geada não mata
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
Em tempo de guerra não se limpam armas
Falar é prata, calar é ouro
Filho de peixe, sabe nadar
Gaivotas em terra, tempestade no mar
Guardado está o bocado para quem o há de comer
Galinha de campo não quer capoeira
Gato escaldado de água fria tem medo
Guarda o que comer, não guardes o que fazer
Homem prevenido vale por dois
Há males que vêm por bem
Homem pequenino ou velhaco ou dançarino
Ignorante é aquele que sabe e se faz de tonto
Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus, serás pior do que eles
Lua deitada, marinheiro de pé
Lua nova trovejada, 30 dias é molhada
Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão
Longe da vista, longe do coração
Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar
Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital
Manda quem pode, obedece quem deve
Mãos frias, coração quente
Mais vale ser rabo de pescada que cabeça de sardinha
Mais vale cair em graça do que ser engraçado
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto
Madruga e verás trabalha e terás
Mais vale um pé no travão que dois no caixão
Mais vale uma palavra antes que duas depois
Mais vale prevenir que remediar
Morreu o bicho, acabou-se a peçonha
Muita parra pouca uva
Muito alcança quem não se cansa
Muito come o tolo mas mais tolo é quem lhe dá
Muito riso pouco siso
Muitos cozinheiros estragam a sopa
Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe
Nuvem baixa sol que racha
Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu
Nem tudo o que reluz é ouro
Não há bela sem senão
Nem tanto ao mar nem tanto à terra
Não há fome que não dê em fartura
Não vendas a pele do urso antes de o matar
Não há duas sem três
No meio é que está a virtude
No melhor pano cai a nódoa
Nem contas com parentes nem dívidas com ausentes
Nem oito nem oitenta
Nem tudo o que vem à rede é peixe
No aperto e no perigo se conhece o amigo
No poupar é que está o ganho
Não dá quem tem, dá quem quer bem
Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça
O saber não ocupa lugar
Os cães ladram e caravana passa
O seguro morreu de velho
O prometido é devido
O que arde cura o que coça sara e o que aperta segura
O segredo é a alma do negócio
O bom filho à casa retorna
O casamento e a mortalha no céu se talha
O futuro a Deus pertence
O homem põe e Deus dispõe
O que não tem remédio remediado está
O saber não ocupa lugar
O seguro morreu de velho
O seu a seu dono
O sol quando nasce é para todos
O óptimo é inimigo do bom
Os amigos são para as ocasiões
Os opostos atraem-se
Os homens não se medem aos palmos
Para frente é que se anda
Pau que nasce torto jamais se endireita
Pedra que rola não cria limo
Para bom entendedor meia palavra basta
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento
Para baixo todos os santos ajudam
Por morrer uma andorinha não acaba a primavera
Patrão fora, dia santo na loja
Para grandes males, grandes remédios
Preso por ter cão, preso por não ter
Paga o justo pelo pecador
Para morrer basta estar vivo
Para quem é, bacalhau basta
Passarinhos e pardais,não são todos iguais
Peixe não puxa carroça
Pela boca morre o peixe
Perde-se o velho por não poder e o novo por não saber
Pimenta no cu dos outros para mim é refresco
Presunção e água benta, cada qual toma a que quer
Quando a esmola é grande o santo desconfia
Quem espera sempre alcança
Quando um não quer, dois não discutem
Quem tem telhados de vidro não atira pedras
Quem vai à guerra dá e leva
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte
Quem sai aos seus não degenera
Quem vai ao ar perde o lugar e quem vai ao vento perde o assento
Quem semeia ventos colhe tempestades
Quem vê caras não vê corações
Quem não aparece, esquece; mas quem muito aparece, tanto lembra que aborrece
Quem casa quer casa
Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa
Quem com ferros mata, com ferros morre
Quem corre por gosto não cansa
Quem muito fala pouco acerta
Quem quer festa, sua-lhe a testa
Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar
Quem dá aos pobres empresta a Deus
Quem cala consente
Quem mais jura é quem mais mente
Quem não tem cão, caça com gato
Quem diz as verdades, perde as amizades
Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos
Quem não deve não teme
Quem avisa amigo é
Quem ri por último ri melhor
Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha
Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima
Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto
Quem diz o que quer, ouve o que não quer
Quem não chora não mama
Quem desdenha quer comprar
Quem canta seus males espanta
Quem feio ama, bonito lhe parece
Quem não arrisca não petisca
Quem tem boca vai a Roma
Quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão
Quando um cai todos o pisam
Quanto mais depressa mais devagar
Quem entra na chuva é pra se molhar
Quem boa cama fizer nela se deitará
Quem brinca com o fogo queima-se
Quem cala consente
Quem canta seus males espanta
Quem comeu a carne que roa os ossos
Quem está no convento é que sabe o que lhe vai dentro
Quem muito escolhe pouco acerta
Quem nada não se afoga
Quem nasceu para a forca não morre afogado
Quem não quer ser lobo não lhe vista a pele
Quem não sabe é como quem não vê
Quem não tem dinheiro não tem vícios
Quem não tem panos não arma tendas
Quem não trabuca não manduca
Quem o alheio veste, na praça o despe
Quem o seu cão quer matar chama-lhe raivoso
Quem paga adiantado é mal servido
Quem parte velho paga novo
Quem sabe faz, quem não sabe ensina
Quem tarde vier comerá do que trouxer
Quem te cobre que te descubra
Quem tem burro e anda a pé mais burro é
Quem tem capa sempre escapa
Quem tem cem mas deve cem pouco tem
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Quem tudo quer tudo perde
Quem vai ao mar avia-se em terra
Quem é vivo sempre aparece
Querer é poder Recordar é viver
Roma e Pavia não se fez em um dia
Rei morto, rei posto
Se em terra entra a gaivota é porque o mar a enxota
Se sabes o que eu sei, cala-te que eu me calarei
Santos da casa não fazem milagres
São mais as vozes que as nozes
Toda brincadeira tem sempre um pouco de verdade
Todo o homem tem o seu preço
Todos os caminhos vão dar a Roma
Tristezas não pagam dívidas
Uma mão lava a outra
Uma desgraça nunca vem só
Vão-se os anéis e ficam-se os dedos
Vozes de burro não chegam aos céus
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades

domingo, 19 de dezembro de 2010

RECEITA DE BACALHAU COM CERVEJA

Ingredientes: Bacalhau, azeite, pimentão, alho, cebola, batata, sal, cerveja e mulher. Como preparar: Ponha a mulher na cozinha com os ingredientes e feche a porta. Beba cerveja durante duas horas e depois peça para o bacalhau lhe ser servido. É uma delícia e quase não dá trabalho!

sábado, 18 de dezembro de 2010

NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos, Numa gruta, no bojo de um navio, Num presépio, num prédio, num presídio, No prédio que amanhã for demolido… Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, Porque esta noite chama-se Dezembro, Porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos, Duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, A cave, a gruta, o sulco de uma nave… Entremos, despojados, mas entremos. Das mãos dadas talvez o fogo nasça, Talvez seja Natal e não Dezembro, Talvez universal a consoada. David Mourão Ferreira, in “Cancioneiro de Natal”, 1971 (Poema lido no Jantar da Tertúlia Plural em 3 de Dezembro de 2010)

RECEITA DE PERÚ COM WHISKY (para o Natal)

Ingredientes: - 01 Garrafa de Whisky (do bom, é claro) - 01 Peru de aproximadamente 5Kg - Sal a gosto - Pimenta a gosto - 350 ml de azeite - 500 gr de bacon em fatias Modo de preparar - Envolver o peru no bacon, e temperá-lo com sal e pimenta. - Massajá-lo com azeite. - Pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos. - Servir-se de uma dose (bem aviada) de Whisky enquanto espera. - Colocar o peru numa assadeira. - Sirva-se de mais umas duas doses de Whisky. - Axustar o terbostato na marca 3, e, debois de uns 20 binutos, mudar para assassinar, digo assar a ave. - Derrubar uma dose de uichhhhquey (pela goela abaixo, é claro). - Debois de beia hora, avrir a berda da borta e gontrolar a asssadura do pato. - Begar a garrava de vuissssc e emborcar outra dose. - Depois de beia hora, cambalear até o vorno, abrir a porra da borta e enfiá-la no beru, digo virar a ave ao gondrário. - Queimar a mão ao vechar a porra da borta do vorno e dizer um balavrão do caraio! - Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooootra dose boua de uisssgue. - Cozer (?), gosturar (?), gozinhar (?), sei lá, f***-se, danto fazz, o beru. - Deixar o filho da p*ta no vorno por umas 04 horas. - Tentar retirar a berda do beru. - Mandar mais umas boas doses de vvuiiiiisscc para dentro (da goela, claro). - Dendar dovamente dirar o sacana do beru do vorno, porque na primeira dendadiva dãããõooo deeeeeuuuu. - Pegar o beru que gaiu, e, enxugar o filho da p..a com o bano de lavar u jão e gologá- lo numa pandeja ou em qualquer outra borra, bois avinal, você nem gossssssssssta muito dezza bosta. - Bronto, já dddá! PS.: Não vale vumitá no vrango, caraio. E VOTOS DE BOAS FESTAS!!!!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA SE REPETE?...

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço... Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem! Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis? Mazarino: Criam-se outros. Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres. Mazarino: Sim, é impossível. Colbert: E então os ricos? Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres. Colbert: Então como havemos de fazer? Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável.

PARA QUEM TENHA A MEMÓRIA FRACA...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PERÚ DE NATAL

Ingredientes: 1 Perú de 3 kg, 300g de peito de frango, 3 rodelas de ananás, 100g de ameixas pretas descaroçadas, 2 cálices de conhaque, 4 colheres de azeite, 0,5 dl de vinho branco, 1 colher (chá) de canela, sal e pimenta q.b. I Com sal e pimenta polvilhado, O belo perú, por si comprado, Aguarda o recheio recomendado, Ficando reservado ali ao lado. II Os peitos de frango cortadinhos, Vai, na frigideira, refogar Com os frutos, em pedaços, migadinhos, No azeite que acabou de lá deitar. III Com vinho branco, vai regar Após um breve refogado, Com sal, deixe um pouco a cozinhar, Com canela e pimenta polvilhado. IV Prove se o tempero está a seu gosto Para, então, do lume retirar E, o perú que, à parte, tinha posto Vai, com o preparado, rechear. V Após ter sido recheado, A pele da abertura é bem cosida Para, em forno quente, ser assado, Uma meia hora bem medida. VI Mas, antes de, no forno, colocar, O tabuleiro deve ser forrado Com a folha de alumínio que cortar, Antes do perú ser colocado. VII Além do alumínio indicado Um poucochinho de água deve ter, Para o perú não ser queimado, Enquanto esse tempo decorrer. VIII Essa meia hora já passada, O calor do forno vai baixar E, até a carne estar passada Com conhaque e molho, vai regar. IX O molho que, no tabuleiro, ficou, Pelo passador será coado E, com o perú que já assou, Será, na molheira, apresentado. X Para, o seu perú, acompanhar, Um “Arroz Árabe” vai fazer E, para o poder confeccionar, Os ingredientes deve ter: - 3 cebolas, 12 dentes de alho, 2 dl de azeite, 100g de sultanas, 100g de pinhões, 100g de amêndoas, 600g de arroz vaporizado, sal q.b. e 1l de água. I Pique as cebolas muito bem E ponha, no azeite, a refogar Com os alhos que picou também, Mexendo sempre até dourar. II Amêndoas e pinhões lhe junta, então E, um minuto mais, irá manter, Conserve permanente a atenção, Mexendo para bem os envolver. III Sultanas e arroz que já pesou, Irá, no tacho, adicionar E, a água que, entretanto, preparou, De imediato, vai juntar. IV Logo que, a fervura, levantar, Baixe o lume no fogão, Mais um quarto de hora, irá ficar Até terminar a operação. V Com o arroz já cozinhado, Espere uns dez minutos mais E, para obter bom resultado, Envolva o tacho com jornais. VI Será com brilho no olhar, Que tudo apresenta por igual Mas, o perú que preparar, Fará brilhar mais o seu Natal. Fernando Carreira