terça-feira, 21 de abril de 2009

FLOR DA LIBERDADE

Sombra dos mortos, maldição dos vivos. Também nós…Também nós…E o sol recua. Apenas o teu rosto continua A sorrir como dantes, Liberdade! Liberdade do homem sobre a terra, Ou debaixo da terra. Liberdade! O não inconformado que se diz A Deus, à tirania, à eternidade. Sepultos insepultos, Vivos amortalhados, Passados e presentes cidadãos: Temos nas nossas mãos O terrível poder de recusar! E é essa flor que nunca desespera No jardim da perpétua primavera. Miguel Torga, in Orpheu Rebelde,1958

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