segunda-feira, 8 de junho de 2009
SINDICATO DE PEDREIRO
O nome maçonaria, ou franco-maçonaria, deriva do termo francês franc-maçonnerie, “pedreiros livres” ou do Latim "Sculptores Lapidum Liberorum". Sua origem é localizada nas corporações de ofício dos pedreiros da Idade Média, no final do século XIV. Naquela época, não havia escolas capazes de ensinar as técnicas da construção em pedra, utilizadas principalmente em catedrais. Somente nas corporações, também chamadas guildas, aprendizes e mestres dividiam a ciência do talhe e se reuniam após o expediente para discutir o andamento das obras e defender sua profissão, como num sindicato. Levavam às reuniões os instrumentos de trabalho, utilizados na composição dos projectos arquitectónicos (esquadro e compasso) ou na actividade braçal (avental, malho e cinzel). Assim surgia a “maçonaria operativa”, preocupada com coisas práticas e restritas ao ofício. Alguns estudiosos afirmam que a sociedade iniciática é muito mais antiga, já que símbolos utilizados em rituais maçónicos foram encontrados em túmulos e pirâmides egípcias há sete mil anos. Somente após o Renascimento, com a fundação das primeiras universidades europeias, as reuniões maçónicas tornaram-se mais refinadas, admitindo discussões filosóficas e literárias. Os primeiros arquitectos e engenheiros a deixar as salas de aula encontravam um mercado de trabalho com todas as portas fechadas. As guildas formavam uma espécie de cartel, impedindo que profissionais de fora conseguissem emprego. De tanto insistir, os académicos foram aceites paulatinamente na maçonaria e levaram sua erudição aos encontros. Desde então, a ordem propõe trabalhos fraternos e colectivos para assegurar a evolução espiritual dos seres humanos. Recebe o nome de “maçonaria especulativa ou filosófica”. Os homens passam, a Ordem permanece.
A maçonaria nunca ficou alheia aos processos de mudanças que aconteceram e marcaram as eras ou fases vivenciadas neste mundo. Neste momento estamos atravessando uma grande mudança na humanidade, uma Globalização total, uma abertura que está exigindo um grande desenvolvimento cultural e mudanças comportamentais. Instituições seculares como, por exemplo, a Igreja Católica e a Maçonaria estão sendo questionadas pela Sociedade do seu real papel no Terceiro Milénio e deverão adequar-se a um novo comportamento. Devemos responder aos anseios da sociedade contemporânea para adquirirmos o direito de coexistir em harmonia. Assim, acreditamos que chegou o momento de uma reformulação e actualização, não da filosofia, dos ritos ou de rituais, mas sim da nossa missão na melhoria da vida sócio-económica-cultural do ser humano a nível mundial. Devemos resgatar nossas origens históricas, na sua essência mais pura, para redireccionarmos nossos conceitos de participação no contexto social...
O Estado Maçónico deve ser constituído e aberto a participação do seu povo. A Ordem Política Ideal é o Estado, a sociedade e o homem justo e perfeito. Esta foi a bandeira maçónica no Iluminismo, datado do século XVII. Montesquieu na divisão dos Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - seccionou o absolutismo (o poder total), fragmentando-o na presunção de enfraquecê-lo. A Ideologia em maçónica – é o padrão político que induz visões normativas à vida política. No III Milénio deverá ser recriado o Estado Maçónico Democrático. O princípio da democracia é o livre arbítrio e a constante mudança de forças no poder. Devemos ter um aspecto REVOLUCIONÁRIO de ideologias maçónicas para criar a SOCIEDADE MAÇÓNICA DEMOCRÁTICA. A independência dos Poderes constituídos, criando a Assembleia Legislativa, nos moldes já empregados, com sucesso, por várias Potências no Mundo, além de também manter um Poder Judiciário em todas as suas particularidades e independência. O Estado Maçónico é um serviço, um instrumento, e um meio para alcançar o Pleno Maçónico. A parte está no todo e o todo está na parte - o MAÇON.
Ir. Heinz Roland JAKOBI, médico e escritor, M.I., 33° R.E.A.A., Past-Grão Mestre Adjunto, Académico da Academia de Letras de Rondônia ACLER, da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias, da Academia Pan-americana Maçônica e da Academia Maçônica de Letras de Randónia AMLER.
Livros Publicados:
Médicos: O Parto na água - Cornellia Enning, Ed. Manole; Telemedicina: uma nova perspectiva para a saúde de Rondônia;
Maçónicos "Como Gerenciar uma Loja Maçónica" "Compendio Maçónico - Graus Simbólicos" Volumes 1, 2 e 3 da Editora "A Trolha".
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