Roubam-me Deus,
Outros o Diabo
- quem cantarei?
Roubam-me a Pátria;
e a Humanidade
outros ma roubam
-quem cantarei?
Sempre há quem roube
Quem eu deseje;
E de mim mesmo
todos me roubam
-quem cantarei?
Roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
-aqui del-rei!
Jorge de Sena, in “Fidelidade” 1958 , Obras de Jorge de Sena, Antologia Poética , Edições ASA
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