Por P.M.P.
Contexto
É impossível falar de «engenharia social» de uma sociedade a uma escala nacional ou internacional sem abordar os objectivos de controlo social e de destruição da vida humana, ou antes, da escravatura e do genocídio.
Neste sentido, a análise dos problemas desta Era requer uma abordagem que não imbrique com valores religiosos, morais ou culturais.
O controlo dos cidadãos, a gestão das suas vidas, é efectuado, actualmente, através das chamadas «armas silenciosas», cuja «guerra tranquila» foi declarada pela elite internacional inscrita no Grupo Bilderberg após o seu primeiro encontro em 1954. Assim:
. Formatação da Sociedade
1º As células familiares das classes inferiores devem ser desintegradas por meio de um processo de aumento de preocupações constantes dos chefes de família, que a prazo conduza a tensões graves nos seus núcleos.
2º A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser a mais pobre, para que a brecha da ignorância que separa estas camadas da sociedade, das camadas superiores {a elite dominante} permaneça distante e incompreensível da que é ministrada às classes superiores. Esta forma de descriminação social é necessária para manter um certo nível de ordem social, paz e tranquilidade para as classes de nível superior.
. As Armas Silenciosas
Estas armas, ao contrário das usadas na guerra convencional distinguem-se pela sua natureza diferenciada. Assim, em vez de espingardas, são usados computadores para tratamento de dados que abarcam toda a vida dos cidadãos e da sociedade, sendo que, aparentemente, não produzem danos físicos nem interferem na vida social de cada um. Não obstante, o seu «ruído» reflecte-se, efectivamente, no bem-estar físico, social, económico e educacional dos indivíduos.
Os cidadãos sentem instintivamente que algo não vai bem com a gestão dos seus governos, porque o sentem nas dificuldades do seu dia-a-dia, no entanto, devido à forma como esta «guerra silenciosa» é efectuada, não conseguem, de forma racional, expressar a razão do seu mal sentir. Por tal facto, não sabem como gritar para pedir ajuda nem como associar-se com outros para se defenderem.
Quando uma «arma silenciosa» é utilizada gradualmente, as pessoas adaptam-se à sua presença e aprendem a tolerar as repercussões sobre as suas vidas, até que a pressão psicológica por via económica se torne insuportável, como sucede actualmente.
Por consequência, a «arma silenciosa» é um tipo de arma biológica. Ataca a vitalidade, as opções e a mobilidade dos indivíduos de uma dada sociedade, conhecendo, entendendo, manipulando e atacando as suas fontes de energia social e natural, bem assim como as suas forças e debilidades físicas, mentais e emocionais.
. Aplicação das «Armas Silenciosas» na Economia
Uma das formas mais usuais do seu uso nesta área é a aplicação do aumento dos preços dos bens essenciais e a aferição da reacção do público a essas medidas. O resultado do choque económico é interpretado teoricamente através de programas informáticos. A partir de então, os resultados dos aumentos de preços futuros podem ser previstos e até manipulados.
Por exemplo, foi estabelecida uma relação quantitativa mensurável entre o preço da gasolina e a probabilidade de uma pessoa vir a sofrer de dor de cabeça.
Finalmente, cada elemento individual da estrutura social, encontra-se subordinado ao controlo de um computador através do conhecimento das suas preferências pessoais, do seu estado de saúde, das suas capacidades financeiras, das suas ocupações profissionais, aferido através do cartão de crédito, de multibanco e, no futuro, com um micro-chip implantado sob a pele ou com uma tatuagem permanente de um número invisível à luz normal.
. Tecnologia do Automatismo Social
A experiência já mostrou que o método mais simples para tornar eficaz uma «arma silenciosa» é ganhar o controlo do público mantendo-o ignorante relativamente aos princípios básicos dos sistemas, levando-o à confusão, à desorganização, e distraindo-o dos temas de real importância. Tais objectivos são basicamente obtidos da seguinte forma:
1º - Descomprometendo a sua mente e o seu espírito; sabotando as suas actividades mentais; oferecendo-lhe programas educativos de baixa qualidade em matemática, lógica, história, geografia e economia, de forma a desmotivar a sua criatividade.
2º - Comprometendo as suas emoções, aumentando o seu egocentrismo e o seu gosto pelas actividades emocionais e físicas. Assim:
. Multiplicando as suas confrontações e ataques emocionais {violação mental e emocional} por meio de um «bombardeamento» constante de violência, guerra e sexo nos meios de comunicação social, em particular na televisão e nos periódicos.
. Dando-lhe o que ele deseja em excesso. Privando-o daquilo que realmente necessita.
3º - Reescrevendo a história e a lei e submetendo o público a distracções, de forma a alienar o seus pensamentos relativamente às necessidades pessoais face a prioridades externas fabricadas.
A regra geral é que existe benefício e vantagem na grande confusão, para que o proveito seja maior. Desta forma, a melhor abordagem é criar os problemas para em seguida oferecer soluções.
Assim, quanto aos meios de comunicação, deve manter-se a atenção do público adulto distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativando-o com temas sem real importância.
Quanto ao ensino: Manter o público ignorante das verdadeiras matemáticas, da real economia, das verdadeiras leis, da verdadeira história.
Espectáculos: Manter o entretenimento do público abaixo do nível do sexto ano de escolaridade.
Trabalho: Manter o público ocupado, sem tempo para pensar, como um camponês de volta do amanho da sua terra.
. A Estrutura Política de uma Nação
A Dependência
A primeira razão pela qual os cidadãos de um país criam uma estrutura política é o desejo subconsciente de perpetuar a relação de dependência das suas infâncias. Neste sentido, desejam simplesmente que alguém providencial se encarregue de os proteger, possuir alimento que os sustente, roupa que os cubra e uma cama para dormir, coisas que o político promete em acção de campanha eleitoral.
A busca do povo para adquirir estes elementos fundamentais da sua existência acaba assim, projectada no político que lhes promete o irrealizável a troco do simples depósito esporádico de um papel numa urna de voto.
Os cidadãos, conscientemente, sabem que tais promessas não serão cumpridas, mas precisam de ouvi-las porque são elas que lhe alimentam a esperança num futuro incerto que é já hoje.
Assim, neste contexto, afinal quem acaba por mentir mais a quem? O político {seu presumível anjo da guarda} ou os cidadãos?
O comportamento do público é dominado pelo medo por um lado e pelo facilitismo pelo outro. Esta é a base do estado-previdência enquanto arma estratégica política útil para um povo com problemas de digestão.
. A Ofensiva
A maioria das pessoas gostaria de matar ou banir das suas vidas umas quantas outras que as perturbam, que lhes infernizam a existência no seu quotidiano. No entanto, são incapazes de enfrentar os problemas morais e religiosos que tais acções poderiam desencadear.
Assim, deixam que outros executem por eles tais tarefas, ou que, o Divino se encarregue de extirpar tais abcessos das suas existências.
Deleitam-se, ufanam-se, na criação de organizações para a defesa dos animais, esquecendo-se da criação de associações de defesa dos seus semelhantes, que muitas vezes são seus vizinhos.
Da forma mais hipócrita, pagam impostos para financiar uma associação profissional de homens relativamente célebres, colectivamente chamados «políticos», deixando que depois a corrupção ganhe raízes.
. Responsabilidade
A maioria das pessoas sente necessidade de ser livre para tomar iniciativas meritórias, no entanto, o medo tolhe-as.
O medo do fracasso é manifestado pela irresponsabilidade, delegando as suas responsabilidades pessoais a outros onde o êxito se lhes afigure incerto ou implique obrigações para as quais não se considere apto.
Querem a autoridade mas não aceitam nenhuma responsabilidade ou obrigação. Por tal facto, encarregam os políticos de enfrentar a realidade em seu nome.
. Delegação do Poder nos Políticos
Desta forma, o povo mandata os políticos a fim de que ele possa:
1º Obter segurança sem ter que organizar-se.
2º Obter acção sem ter de pensar ou reflectir.
3º Infligir o roubo, as feridas, a morte a outros, sem ter de contemplar a vida ou a morte.
4º Evitar assumir a responsabilidade pelas suas próprias intenções.
. A Segurança Social
O programa de Segurança Social não é mais que um sistema de equilíbrio baseado num crédito sem fim, que cria uma falsa indústria de capital para dar às pessoas não produtivas um tecto para os cobrir e algum alimento para os estômagos. Este programa pode ser útil, uma vez que mantido permanentemente junto dessa faixa populacional, os beneficiários convertem-se em «propriedade do Estado» a troco de uma pequena doação que lhes permite viver sem trabalhar. Temos aqui, portanto, uma clientela eleitoral de peso.
Em suma: os actuais regimes democráticos mais não representam, actualmente, que uma pálida imagem do nome por que se intitulam. Urge, reformular o sistema representativo democrático. Primeiro: porque a representatividade do povo não se esgota nos partidos políticos, depois, porque a crise económica em curso só poderá ser debelada, se houver uma reformulação corajosa, que subordine o poder económico ao poder político. Definitivamente.
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