terça-feira, 16 de março de 2010

BRASIL ENTRA NA ARCA DO FIM DO MUNDO

País vai enviar amostras para o bunker internacional de sementes O Brasil vai participar da Arca do Fim do Mundo, o bunker construído na Noruega que tem como finalidade conservar sementes de todas as variedades conhecidas de plantas do planeta com valor alimentício. O governo norueguês convidou a Embrapa para enviar algumas amostras para a Arca, que entrou em funcionamento há dois dias. Primeira experiência do tipo, a Arca tem a capacidade de abrigar mais de4,5 bilhões de sementes de todas as variedades conhecidas e utilizadas pelo homem. A Arca é o resultado de uma parceria entre o governo da Noruega e a Organização das Nações Unidas (ONU). Embrapa pretende proteger cerca de 400 espécies A Embrapa informou que seu plano é duplicar as sementes de quase todas espécies armazenadas em câmaras frigoríficas em Brasília para enviá-las ao bunker construído no remoto arquipélago ártico de Svalbard. O banco genético da empresa é hoje o maior do Brasil com mais de 100 mil amostras de cerca de 400 espécies vegetais. Segundo o coordenador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manuel Cabral, a empresa tem grande interesse em participar da iniciativa norueguesa, especialmente por questões de segurança. - A possibilidade de duplicar as sementes e enviá-las ao banco de Svalbard é mais uma garantia de segurança de que as espécies não serão perdidas, já que o local é capaz de resistir a catástrofes naturais e até mesmo a uma explosão nuclear - contou Cabral. No momento, a Embrapa está analisando as condições legais do contrato de cooperação com o governo da Noruega, especialmente no que se refere ao acesso ao patrimônio genético brasileiro. Além das espécies nativas, a empresa pretende enviar para a Arca amostras de espécies que não são locais, mas que foram adaptadas às condições brasileiras e que vêm sendo cultivadas no Brasil há muito tempo. Para Cabral, essas são exatamente as espécies que mais requerem cuidado em relação à legislação brasileira. - Por isso, a questão precisa ser avaliada com bastante cautela - explica. FONTE: O Globo Publicado em: 28/02/2008

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