segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O PODER DOS ASKENAZIS NAS LOJAS B’NAI B’RITH


Por Pedro Manuel Pereira

As largas dezenas de lojas B’nai B’rith em todo o mundo encontram-se na obediência da Ordem Independente de B’nai B’rith, uma organização paralela da maçonaria (dita) regular, nos quadros das quais só tem entrada os     indivíduos de origem judaica.
Esta estrutura foi fundada em 13 de outubro 1843 em Nova Iorque por Henry Jones, aliás Heinrich Jonas um judeu-alemão nascido em Hamburgo, que foi quem teve a ideia, e mais 11 pessoas (todas alemãs), simbolicamente representando as 12 tribos bíblicas de Israel, e tem a sua sede na Rhode Island Avenue, 1640, em Washington, EUA, próximo da Casa Branca. Atualmente conta com mais de 600000 membros em 47 países, sendo que na casa-mãe se encontra a nata da oligarquia judaica mundial.
Depois de 1868 a língua utilizada nos rituais deixou de ser o yiddish passando a ser a língua inglesa. A primeira loja que instalaram no estrangeiro foi em Berlim, em 21 de Março de 1882, seguindo-se a Loja de Jerusalém inaugurada em 10 de Junho de 1888. Em 1912 a Ordem B'nai B'rith registava nos seus quadros 25 mil membros. Em 1913 o Federal Reserve Act atribuiu a um consórcio de bancos de capitais maioritariamente judeus o exclusivo da impressão da moeda fiduciária nos Estados Unidos. Até hoje.

Tal como na maçonaria regular, a B’nai B’rith é apresentada como um organização filantrópica e por tal é considerada uma ONG (Organização Não Governamental) dedicada aos enunciados humanísticos e filosóficos tal como as estruturas maçónicas de âmbito mundial, que não é mais do que um pretexto para recolher generosos subsídios e contribuições dos Estados que são gastos de forma não transparente.
As suas primeiras e fundamentais tarefas desenvolvem-se no campo da influência política e área social. O facto é que estas lojas têm sido desde a sua criação uma eficiente ponta de lança do movimento sionista, demonstrando ser excelentes nessa atividade.

Para além das várias filiais, a B’nai B’rith International conta com uma plêiade de organizações afins fundadas por esta organização, gravitando na sua órbita. Destacam-se de entre as mais importantes:
- American Jewish Committee  (Comité Judaico Americano), fundado em 1906 com o objetivo de reunir todos os setores judaicos nos EUA para defenderem os direitos dos judeus no mundo;           
 - Comité para Assuntos Públicos Americano-Israelita (AIPAC), formado durante a administração de Dwight Eisenhower (34º Presidente dos EUA). É um grupo que realiza tarefas de lobby no Congresso dos EUA e na Casa Branca com o fim de manter estreitas relações entre Israel e os Estados Unidos. Descrevem-se a si mesmos como «Lobby Pró-Israel dos Estados Unidos» e como organização sem fins lucrativos. São seus membros destacados Democratas, Republicanos e independentes;
- The Career and Counseling Services;
- The Klutznick Museum responsável pela manutenção dos arquivos das lojas;
- The Hillels Foundations dirigida aos meios estudantis;
- The B'naï B'rith Youth Organization dirigida às áreas da cultura;
- The B'naï B'rith Wome agrupa as mulheres filiadas na Ordem;
- The Anti-Defamation League Jewish ou Liga Anti Difamatória Judia, cujo objetivo oficial é lutar contra o antissemitismo, embora na prática lutem contra o anti sionismo, que é muito diferente. Encontra-se disseminada em dezenas de países.

Os membros da B’nai B’rith consideram-se uma casta superior dentro do judaísmo. Assim, para além da marginalização social e da descriminação racial a que votam os judeus sefarditas de Israel, registe-se uma multiplicidade de manifestações realizadas por diversas figuras da oligarquia Ashkenazi1. que vêm ratificar o que é afirmado. Atitudes e posturas condenáveis, tendo em conta que os judeus sefarditas são precisamente os genuínos hebreus semitas, enquanto que os judeus ashkenazis de origem europeia, que são a casta dominante nesse país, não pertencem a esse grupo étnico.
Além disso estes últimos (Ashkenazis) foram precisamente os fundadores e principais promotores do sionismo moderno, cujo caráter ultra racista não surpreende, vindo de indivíduos que aplicam aos sefarditas, ou seja, aos seus próprios correligionários, o epíteto pejorativo de «pretos». Tais manifestações são, sem dúvida, mais eloquentes que quaisquer outras explicações. De entre as mais significativas proferidas por importantes personalidades destacamos as seguintes:
Golda Meir afirmou que «todo o judeu deve de aprender o yiddish (língua oficial dos ashekenazis europeus) porque sem yiddish não há judeus».
Ben Gurion foi mais explícito ao afirmar: «Não queremos que os israelitas se levantinicem. Devemos lutar contra o espírito levantino (ou seja, semita) que corrompe os homens e as sociedades».
Haïm Cohen referiu-se à inspiração racial do Estado judaico da seguinte forma: «A amarga ironia da sorte quis que as mesmas teses biológicas e racistas propagadas pelos nazis sirvam de base para a definição oficial do judaísmo no seio do Estado de Israel».
A pertença às lojas B’nai B’rith não exclui os seus membros de pertencerem simultaneamente a outras lojas maçónicas, o que é frequente entre eles. De facto, são numerosos os casos de indivíduos dos referidos agrupamentos que ostentam as distinções de terem sido Veneráveis Mestres e até Grão Mestres de lojas e Grandes Lojas americanas ou europeias, praticantes do Rito Escocês Antigo e Aceite. Pode assim dizer-se, que as lojas B’nai B’rith constituem estruturas específicas no contexto da maçonaria regular a nível mundial.

Algo semelhante pode ser dito em relação às várias organizações plutocrática-oligárquicas descritas neste artigo, dentro das quais os líderes da B'nai B'rith formam um grupo particular. De tal modo que a influência da oligarquia judaica na vida pública não se articula exclusivamente através de organizações específicas das referidas lojas, mas também através de outros organismos que contam nas suas fileiras com números elementos pertencentes às mesmas. 
São as pequenas vantagens proporcionadas pelo facto de poderem estar (e pertencer) em vários lugares ao mesmo tempo.
As lojas B'nai B'rith constituem o núcleo central de uma vasta rede de sociedades afins que se movem na sua órbita e que confluem para ela. Entre as mais relevantes figuram o American Jewish Committee, o American Jewish Congress e a Conference of Presidents of Mayor American Jewish, que agrupam por sua vez, umas quantas associações judaico-americanas. Merecem uma menção especial o World Jewish Congress e o American Israel Public Affairs Committee, as mais importantes e influentes sociedades de entre estas.
O World Jewish Congress (Congresso Mundial Judaico) tem sede em Nova Iorque (cidade com o maior número de judeus fora de Israel). Descreve-se a si mesmo como uma associação judaica com o fim de defender os interesses dos judeus nos EUA e em todo o mundo, através da promoção de políticas públicas, recorrendo à diplomacia, à legislação e aos tribunais. Possui delegações em setenta países. Somente nos EUA a sua rede organizativa aglutina trinta e duas organizações anexas e publica sete jornais diários. Esta poderosa entidade é presidida por Edgar Bronfman, magnate do setor vitivinícola e da indústria cinematográfica. Fora dos EUA as suas ramificações regionais ostentam as seguintes designações: Congresso Judeu da América Latina, Congresso Judeu Europeu, Congresso Judeu Euroasiático e Congresso Judeu de Israel.

Esta organização tem sido protagonista de vários escândalos de corrupção, disputas internas, desvio de fundos e racismo anti árabe.
O trust Bronfman possui 15% do capital da Time Warner e é acionista maioritário da MCA-Universal, as mais importantes empresas produtoras cinematográficas e de televisão dos EUA. Por outro lado, o conselheiro especial de Edgar Bronfman na MCA é Michel Ovitz, igualmente membro do Congresso Mundial Judaico e diretor da Creative Artist Agency, primeira agência de contratação artística de Hollywood.
Quanto à American Israel Public Affairs Committee, é um dos grupos de pressão mais discretos e poderosos dos Estados Unidos.
Estas são, em termos gerais, as mais destacadas engrenagens de uma poderosa máquina junto das altas esferas políticas americanas e em outros países.
Esta pequena abordagem permite-nos aferir que a influência sionista manifesta-se não só na esfera política, mas também de forma significativa nos meios de comunicação social, onde um grande número de responsáveis de programas de televisão, assim como a maioria dos redatores chefes, correspondentes e comentadores de órgão de comunicação social nos EUA e outros países em geral são judeus.
Encontra-se a mesma predominância nas instituições universitárias, nos centros de investigação, nos serviços de segurança, na indústria cinematográfica e nos meios artísticos e literários.
 
NOTA:
1.  Ashkenaz é o termo pelo qual se designam os judeus provenientes da Europa Central (França, Alemanha…) e da Europa Oriental. Este termo deriva do hebraico medieval que foi usado para referir Alemanha (Ashkenaz).
Os judeus Ashkenaz (ou Ashkenazi) tem por origem Khazaria, uma região da Europa Central, não sendo, portanto, originários da Palestina, ao contrário dos indivíduos naturais da cidade de UR, do período pré-clássico, na antiga Mesopotâmia, descendentes de Abraão, que por sua vez descendia de Sem, daí serem denominados judeus Semitas.
Os Ashkenazis consideram-se uma raça, um povo. De acordo com o Genesis capítulo 10, verso 3, Ashkenaz  foi um bisneto de Noé, neto de Jafé e filho mais velho de Gomer.
Atualmente a maioria dos judeus americanos (90%) e cerca de 50% dos judeus israelitas são Ashkenazi, descendente de judeus desta etnia que emigraram principalmente da Alemanha e da Europa Oriental a partir de meados do século XIX e inícios do século XX.
Ashkenazis  e sefarditas judeus representam duas subculturas distintas do judaísmo. Compartilham as mesmas crenças básicas, com variações na cultura e na prática.
Ao longo dos últimos 15 anos, os geneticistas identificaram ligações entre as comunidades judaicas espalhadas um pouco por todo o mundo, que apontam para uma ascendência e uma religião comuns. Não obstante a verdadeira origem de uma das populações judaicas mais importantes, os ashkenazi, continua a permanecer um mistério.
Por seu turno, os judeus sefarditas e seus descendentes são provenientes de Espanha, Portugal, África do Norte e Médio Oriente.
Os judeus sefarditas são muitas vezes subdivididos em sefardim, de Espanha e Portugal, e mizrachim, a partir do Norte de África e no Médio Oriente. Quando os judeus foram expulsos de Espanha em 1492, muitos deles foram absorvidos pelas comunidades mizrachi existentes no Norte de África e no Médio Oriente.
As maiorias dos primeiros colonos judeus da América do Norte foram sefarditas. A primeira congregação judaica na América do Norte, Shearith Israel, fundada em 1684, no que hoje é Nova Iorque, foi sefardita e ainda continua ativa. Em Israel, pouco mais da metade de todos os judeus são mizrachim, descendente de judeus dessa região desde tempos imemoriais, ou que foram expulsos de países árabes depois de que Israel foi fundado. O maior grupo a seguir é composto por descendentes de ashkenazi, que foram para a Terra Santa (então controlada pelos turcos otomanos) em vez dos Estados Unidos no final do século XIX, ou a partir de sobreviventes do Holocausto e de outros imigrantes. Cerca de 1% da população de Israel é composta por judeus etíopes negros que fugiram durante a fome na Etiópia no final de 1980 e início de 1990.
Historicamente em todas as regiões, os judeus sefarditas foram mais facilmente integrados na cultura não-judaica local que os judeus ashkenazi. Nos países cristãos, onde o ashkenazismo floresceu, a tensão entre cristãos e judeus foi grande, e os judeus tenderam a isolarem-se dos seus vizinhos não-judeus, voluntária ou involuntariamente.
O idioma iídiche, que muitas pessoas pensam ser a língua internacional do judaísmo, é realmente a língua dos judeus ashkenazi. Judeus sefarditas têm a sua própria língua internacional, o ladino, que foi baseado nos idiomas espanhol e hebraico, da mesma forma que o iídiche foi baseado no alemão e no hebraico.
Os ashkenazis constituem a elite política e económica em Israel, e os banqueiros judeus da Europa e dos Estados Unidos são todos ashkenazis. 
Atualmente cerca de 10 milhões de judeus ashkenazis vivem nos Estados Unidos, Israel, América do Sul, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Europa. 

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