sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A COR DA LIBERDADE
Este é um poema de um dos maiores poetas de língua portuguesa, com dimensão universal: Jorge de Sena. Por ser oportuno relembrá-lo nos dias que correm em Portugal, ele aqui vai:
Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Jorge de Sena
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