Por Pedro Manuel
Pereira
Segundo
vários cientistas a nível mundial, a Terra encontra-se na eminência de vir a
sofrer a maior tempestade solar alguma vez conhecida.
As
radiações solares com que o planeta é bafejado diariamente, transportam uma
energia equivalente a 10 milhões de bombas de hidrogénio. No entanto, em breve,
uma injeção de massa coronal poderá vir a expelir 10000 milhões de toneladas
de matéria solar à velocidade de 3000 quilómetros por segundo, que chegará à
Terra decorridos 3 a 4 dias.
Caso
atinja o planeta em cheio, o mesmo ficará submerso na mais absoluta escuridão e
em caso de tal vir a acontecer a Civilização retrocederá mais de cem anos em
poucas horas, de acordo com um relatório especial financiado pela NASA publicado
há pouco mais de um ano pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Segundo Daniel Baker, especialista
em clima espacial na Universidade do Colorado e membro do grupo que elaborou o
relatório: «Estamos a caminhar para um possível desastre».
Em
2008, a NASA alertou, então, para os indícios detetados e analisados, de que o
Sol em finais do ano de 2012 entrará num período de máxima atividade solar, que
irá dar origem a tempestades de enorme magnitude. Há
poucos meses, a NASA voltou a alertar para uma possível explosão solar
de grande impacto e imprevisíveis consequências, no início de 2013.
Após
tal anúncio, o Congresso dos EUA encarregou um grupo de cientistas de elaborar
um relatório sobre os reais riscos de tempestades solares de grandes dimensões.
Face
às conclusões recebidas, no passado mês de agosto o Congresso americano chamou
a atenção dos cidadãos para organizarem um plano de emergência. A partir de
então, o pânico político estendeu-se a outros países, como no caso de Espanha,
onde, com base nos alertas da NASA o PSOE apresentou nas Cortes uma proposta de
lei, instando o governo a elaborar um protocolo de atuação face a um cenário de
emergência derivado de falhas tecnológicas produzidas por fenómenos naturais de
origem solar. Mas também a Suécia, a Alemanha e tantos outros países em todo o
Mundo, nos últimos meses têm vindo a adotar medidas de contingência.
Uma tempestade solar pode produzir
uma fulguração, ou seja, uma enorme explosão no Sol, que ao produzir-se, «inunda»
uma dada região do nosso planeta com partículas radioativas. Quando as rajadas
de vento solar alcançam a Terra, as ondas de radiação são projetadas contra a
magnetosfera, alterando o seu campo magnético. Embora a magnetosfera se
comporte como um forte escudo protetor, tem dois pontos frágeis, que são os pólos do planeta, por onde poderão penetrar mais facilmente as radiações funestas.
Para além disso, esta radiação
pode ser fatal para os satélites de comunicações e para os instrumentos de
navegação, podendo fundir os núcleos das centrais elétricas, para além de efeitos imprevisíveis de extrema magnitude sobre o clima. As tempestades
geomagnéticas provocam, também, auroras boreais e austrais.
Em caso de catástrofe derivada de
uma tempestade solar da magnitude prevista, por via do colapso das
telecomunicações e da rede elétrica, em poucas horas o bombeamento de água potável
entraria em colapso, as bombas abastecedoras de gasolina, as caixas de
multibanco, as telecomunicações e mais de 50% da Terra mergulharia na escuridão.
De um modo geral, todos os equipamentos dependentes da rede de energia elétrica
deixariam de funcionar.
As regiões/países mais afetados
seriam a Europa, América do Norte, China, etc.
De referir, que tempestades
de menor intensidade foram registadas em 1958, 1989 e 2000. Essas foram associadas a interrupções da rede elétrica e
danos em satélites.
Saliente-se que ao longo deste ano
a Terra tem vindo periodicamente a ser bombardeada com intensa radiação proveniente
de tempestades solares, tendo provado alterações nas rotas dos aviões sobre os pólos.
O aumento e intensidade das explosões solares teve início há cerca de 5 anos.
O aumento e intensidade das explosões solares teve início há cerca de 5 anos.
Ainda
de acordo com a NASA, em 2012 o planeta entrou num novo ciclo solar cujo auge é
aguardado para finais deste ano ou princípios de 2013, devendo os países e as
suas populações estarem preparadas para situações de emergência, na certeza de
que as explosões solares de grande intensidade serão uma realidade com que
todos temos de contar – e estar preparados – nos tempos mais próximos.
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