quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PORTUGAL – UM PAÍS DE DOENTES

Por Pedro Manuel Pereira

A situação económica e social que vivemos no presente é uma pecha bem antiga. Quase diria que faz parte da genética do lusitano (se é que existem lusitanos!).
O português é, desde a sua ancestralidade e na sua maioria, manhoso, madraço, egoísta, com horror aos bancos das escolas e avesso à leitura, pouco asseado, o que lhe dá aquele odor característico da sua espécie a cebola requentada a emanar dos sovacos, como machista que é, «graças a Deus!». Ao português para ser feliz bastam-lhe umas divisórias num apartamento suburbano onde se acomodar mais a sua «esposa» e os seus «rebentos»; um televisor de plasma ou lcd com ligação por cabo ao sport têvê; a leitura dos títulos do jornal a Bola - o periódico mais vendido em Portugal; um emprego onde ganhe bem e se esforce o menos possível; uma companheira pouco inteligente, puta na cama e boa a cozinhar; um fato de treino para vestir aos fins-de-semana e o levar a passear ao shoping «mais a patroa», com o dito jornal debaixo do braço e umas patuscadas de vez em quando com uns amigalhaços.
A política? A governação do país? - Isso é para os políticos - «a minha política é o trabalho», já o afirmava o visionário estadista de Santa Comba, o botas. Os partidos políticos?: - «Uma cambada de chulos e madraços». «Haviam era de ir trabalhar todos para as obras!... Malandros!». - Votar? «Para quê? para irem ganhar que nem uns leões à conta dos meus impostos? - Bandos de gatunos!». - «O que me vale é que nos momentos difíceis rezo sempre à senhora de Fátima! Até tenho em casa uma imagem dela que comprei na feira da Coina no ano passado».
Não há governo que resista a este povo. Enquanto não houver mudança de mentalidades, a culpa de tudo o que vai mal será sempre do governo, seja ele de direita, de esquerda ou cor de burro quando foge.
As mentalidades portugas só poderão mudar se houver um cataclismo, mas como tal fenómeno não se vislumbra nem é previsível, o país vai continuar, em cada dia que passa, a definhar, a engelhar gradualmente, tal como aquelas ameixas que se comem com efeitos laxativos.
Parafraseando outro grande visionário e estadista do momento, que é o primeiro-ministro Coelho aos Passos (não tenho a certeza se é assim que se escreve…), a minha sugestão aos jovens portugueses é: pirem-se daqui para fora, para outro país, para bem longe, que este lugarejo não é para gente saudável.

4 comentários:

  1. Caríssimo Pedro:

    Tens razão quando aconselhas o "piranço daqui para fora" aos jovens, mas parafrasear tal criatura (partindo do princípio de que foi criada), "balha-nos Deus!" O teu retrato "do português" é perfeito, graças a Deus que não justo ao mesmo tempo…

    Grande abraço do teu Amigo

    Raúl

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  2. Meu querido mano Pedro
    O retrato que traças do português é quase prefeito se não tivesse falhas. E por falar em falhas, recordo que uma instituição internacional, da qual não recordo agora o nome, disse que Portugal tem "Uma democracia com falhas", expressão que não entendo muito bem. Talvez tenham querido dizer que Portugal tem uma "ditadura com falhas" ou "falhas na democracia". Se temos "falhas na democracia" não temos "falhas na ditadura". O que quer dizer se temos uma "democracia com falhas" temos uma "ditadura sem falhas". Apelo ao teu raciocínio esclarecido, o meu não dá para tanto.
    Fraternal Abraço
    Gustavo Fernandes

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  3. Mano Pedro
    Não há dúvida que estás bem atento à personalidade da maioria dos portugueses.
    Quanto a mim, é tal e qual como a descreves.
    Igualmente, em relação ao último parágrafo, estou a cem por cento contigo.
    Mas...e os outros um pouco mais esclarecidos? Que fazemos?
    É um país onde não dá gosto viver.
    Estou farto desta porcaria.
    Um grande e fraterno abraço.
    Calapez Corrêa

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  4. Mano Pedro,
    Sempre atento, sublime, recomendável. Dizes o que todos sabem, mas não o admitem por cobardia e também por falta de vontade para mudar. Pois quem tragaria depois o mau cheiro a lavado? Fazes-me lembrar a história do Inglês que tendo-lhe sido servido um bom peixe fresco na Casa de Pasto do Careca, ali para os lados da Mouraria, onde naquele tempo os Ingleses podiam andar à solta sem garantia de serem roubados depois de espancados e de fodidos pela solidariedade da malta que assiste impávida e serena ao ganha pão da malandragem, não se metendo onde não é chamada, para evitar outras fodas maiores, o Inglês nada comeu por que o peixe tinha um cheiro nauseabundo a peixe fresco e o pobre do Inglês, que lá na Inglaterra, já não cheirava peixe fresco há muitas "luas" sentiu-se enojado e quase vomitou na casa de Pasto do Careca. Estás a ver o que seria se os portugueses começassem para aí a tomar banho e lavar o cú todos os dias. Seria o fim da macacada. As mulheres ficariam aflitas, pois deixariam de saber distinguir o mau cheiro do marido do mau cheiro do Zé Padeiro. Apesar de ambos usarem qb de brilhantina daquela mais forte que só o amigo Ventura, barbeiro e dentista vendia ao preço de uva mijona. Quanto a tudo o resto, estamos também em sintonia. Viva o Zé Povinho. Desculpa-me mas não posso continuar..., está aqui um cheiro do caraças!. Forte abraço. Nevespereira.

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